Essa imagem arranhada, de uma mulher quase esgarçada, é fruto de meu olhar. De um amigo peguei o risco; o tecido eu já tinha. Com linhas e cores escolhidas avancei num território e bordei. Urdidura e trama maculadas pela ponta da agulha, nós em verso, frente nítida, as escolhas foram minhas. Se a mulher é quase que difusa, desleixada ou destoante, se eu quiser me vejo nela e respeito quem a vê, sem, contudo, criticá-la. As escolhas foram minhas e, nesse território, tão particular e soberano, ninguém mexe ou dá palpite, seja Marina, seja João, seja Luis, seja Francisco. Sigo eu com meu bordado que, se não alegra, não perturba.
Adriana
31 de agosto de 2.014
25 de set. de 2014
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2 comentários:
Já me conhecias? Marina no seu texto... é uma Marina qualquer ou fui digna de entrar eu seu texto poético?
Marina que poderia ser Elisa, que se chamava Eva, que amava ser.
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