Os furinhos que você encontra ao
me ver, nesse belo linho verde, não são de traças. Foram deixados pelo meu uso
constante. Assim, se não tenho rugas, tenho marcas que indicam que fui
apreciada. Sempre gostei de mim, pelo verde, pelo violeta, que carrego desde a
primeira metade do século XX. Certamente alguém poderá encontrar algo
semelhante, em antigas revistas. Quem sabe ao me ver, se recorde de cenas de
histórias passadas. Não saberia contar quantos olhos, quantas mãos, xícaras,
pratos e bules eu conheci. Sei que amparei alguns doces, espanhóis e italianos.
Muitas vezes troquei impressões com as formigas que vinham atrás das migalhas;
eu ria, faziam cócegas. Conte, confesse! Você ficou com inveja do meu belo
ponto “ajour”, dessa minha bainha aberta, não é?
Adriana out 2015
3 comentários:
ei, bromelia. belo trançado.
vou publicar um livro com
alguns daqueles poemetos
do caixote e outros do baú.
beijo. zeca.
Gostei. Gostei bastante, das letras e dos bordados. Acompanharei.
Parabéns!
guida (sta. gema)
Linda toalha, lindos pontos
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