-Meu nome é Branca. Peguei do batom mais forte e engrossei
meus lábios. O calor que aqui impera é propício ao colo à mostra. Saí de casa,
fechei a porteira e de lembrança levo a cor de meu jacarandá florido.
-Meu nome é Justo. Apendi da vida varrendo a sacristia da igreja, desde pequeno. Cansei de ver. Fechei a porta e entreguei a chave ao padre.
Nos conhecemos no sopé da serra. Estamos sentados e nossas
pernas roçam, sem querer. Resolvemos partir. Não iremos para Maracangalha porque
não temos chapéu de palha. Não iremos
sós. Apenas fugimos do barulho ensurdecedor do silêncio. O motorista do
caminhão que passou inda agora nos disse que parecemos tela de cinemascope. Uma
foto 3 X 4 projetada ao imenso futuro.
Deixamos de ser pequenos há tempos. Podem nos chamar de Seu Justo e Dona
Branca, quase uma imagem de infância.-Meu nome é Justo. Apendi da vida varrendo a sacristia da igreja, desde pequeno. Cansei de ver. Fechei a porta e entreguei a chave ao padre.
Duayer no traço do casal; Adriana no bordado e texto, em set 2015
Um comentário:
Gostei do casal e da moça de roxo batom
Postar um comentário