24 de nov. de 2010

Balada para uma Casa Torta














Janela
Janelinha
Sem porta e campainha.

E na versão do Sérgio Mudado:

Janela
Janelinha,
A pedra do bodoque
É a sua campainha.

E na versão de Célia, de Rose e de Faminta, premiadas após o Primo e Único Concurso Balada para uma Casa Torta:

Balada de Célia


Balada “de uma sentada”.


Ora, ora
Se era torta
A casa que não tinha porta?
Se torta era
Pouco importa.


Problema mesmo
- quem o suporta?
Ficar dentro dela
Querendo sair.
Olhar à janela
Pensando em fugir.


E bem lá no fundo
Com a mão quase morta
Cavar um buraco
Traçar uma rota
E a cada segundo
Inventar uma porta.


Balada de Rose

Janela iluminada foste um dia,
Sentinela de chegadas e partidas.
Hoje, olho suas vidraças estilhaçadas
E só o vazio me espia...


Balada de Faminta


Com a pedra
Quebrei,
(num instante)
O vidro quebrado.
E, com ele
No vento,
A minha (imensa) vontade.
Janela, querida.
Abra o céu encantado!
D’alma faminta,
Gelada......
Coitada!
Dá-me a chance, amiga,
(ainda infindada)
Um desfrute da carne:
O Podrão escancarado....
E aí, engolir inteirinho...
De uma só vez,
Só, solitária!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Só um olhar muito delicado pode fazer este registro...
Beijinho,
nin.

Sérgio Mudado disse...

Janela
Janelinha,
A pedra do bodoque.
É a sua campainha.

Seminova disse...

Brô,

Adorei a iniciativa. E as poesias.
Moças talentosas, vocês.

Beijo.
Seminova

PS.: eu amo seu blog!

Débora disse...

adorei a idéia, o concurso tudo
bjs